dezembro 30, 2009

Feliz Ano Novo


dezembro 22, 2009

Brincando na neve ...

Detesto a chuva e o frio de Inverno, porque me condiciona em vários aspectos, detesto os dias pequenos e cinzentos porque me me atrofia a inspiração e me limita  o gosto por diabruras, detesto as correrias às lojas,  os atropelos nas ruas, as cotoveladas nos transportes públicos e a aparente e temporária felicidade que observamos na época do Natal ...

Mas S.Pedro é meu amigo e prometeu que este ano mandaria uns flocos de neve e a seguir daria instruções ao sol para que nos aquecesse com os seus raios.

Vou-me entreter a brincar com estas bolinhas e passar uns dias estupendos, sem me afastar muito da lareira e mantendo os sonhos e as filhós da avó debaixo de olho eheheh




dezembro 10, 2009

Desilusão de Natal

A Lenita das "beijocas gordas" da Aldeia da minha vida pediu, com muito jeitinho, um texto sobre "O Natal da minha terra". Lamento que em vez de falar do Natal em geral, o texto constitua um desabafo, mas a culpa é da falta de criatividade dos adultos que tão cedo mataram a ilusão duma pobre criança eheheh

A Cusca e seus irmãos foram educados no seio de uma família católica e o Natal assumia nas suas vidas um extrema importância. Sempre muito atenta ao que a rodeava, não era fácil fazerem-lhe "o ninho atrás da orelha" eheheh

Desde muito pequena começou a questionar os mais velhos sobre o que não entendia, e a existência do Pai Natal e o mistério que envolvia a sua descida pela chaminé na noite de consoada era coisa mal explicada e que não lhe entrava muito bem na "caixa da dos pirolitos" eheheh

Fizera recentemente 6 anos e só ela sabia o esforço que tinha feito para cumprir a promessa que fizera ao avô de se tornar numa menina bem-comportada, trocando as diabruras por orações ao anjo da guarda e até se lembrara de agradecer, antecipadamente, o presente que acreditava iria receber no sapatinho ... uma caixa de coloridos lápis de côr, igual ao da sua colega Ana Maria, filha do senhor doutor Augusto!



No ano anterior tivera de se contentar com um cachecol que quase jurava ter visto, meio tricotado no saco de tricot da mãe. Agora contava os dias, ansiosa e, na sua imaginação, já rabiscara uma sequência de desenhos que apenas faltava colorir.

Foi a primeira a acordar e, sem esperar pelos irmãos, correu à cozinha. No interior de cada sapato, espreitava um "chupa-chupa" e algumas moedas de 50 centavos.

Desiludida e zangada gritou para os irmãos:

- Não quero chupa-chupas da taberna do senhor João ... o Pai Natal é forreta, ou nem existe!!!